Após um ano e meio de queda, os preços da carne voltaram a subir, marcando uma mudança significativa no cenário econômico recente.
Conforme o Boletim do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), elaborado pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-sociais (Cepes), vinculado ao Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia (IERI/UFU), o IPC registrou uma inflação de 0,16% em Uberlândia durante o mês de novembro. Com isso, a inflação acumulada no ano atingiu 3,46%.
Entre os principais grupos analisados, alimentação e bebidas se destacaram, já que apresentaram uma variação de 2,05%. Nesse grupo, o aumento de 9,59% no preço da carne, em comparação a outubro, foi o principal responsável pela alta.
Além disso, o custo da Cesta Básica de Alimentos (CBA) também subiu de forma expressiva. Em novembro, houve um aumento de 4,75% em relação ao mês anterior, elevando o preço para R$ 683,76, o que representa um acréscimo de R$ 30,98 no orçamento das famílias.
Ademais, sete itens registraram aumentos significativos: feijão, tomate, carne, pão, óleo, margarina e café. Por outro lado, seis produtos tiveram queda: arroz, farinha de trigo, batata, açúcar, banana e leite. Entre os produtos que mais subiram destacam-se tomate, óleo de soja e carne, que chegaram a registrar variações de até 7,33%. Em contrapartida, as reduções mais expressivas foram observadas nos preços da farinha de trigo, açúcar e banana.
Outro fator importante foi o impacto do setor de vestuário na inflação de novembro. Nesse caso, os preços de calçados e acessórios subiram 0,51%, acumulando uma alta de 2,39% no ano. Além disso, outros setores, como transportes e saúde e cuidados pessoais, também contribuíram para o aumento da inflação no período, reforçando o peso do cenário econômico sobre o consumidor.
