Carga de café roubada e casal feito refém em Serra do Salitre; criminosos podem ter sabotado o veículo
Mais de 34 toneladas de café foram roubadas, e um casal foi feito refém durante a ação criminosa na BR-146, em Serra do Salitre, nesta terça-feira (25). A carga levada pelos ladrões está avaliada em aproximadamente R$ 1,2 milhão.
Após serem libertadas, as vítimas precisaram pegar carona até a cidade para avisar a Polícia Militar sobre o crime. O casal transportava a carga de Patrocínio até Abertina, ambas cidades de Minas Gerais, quando o cavalo mecânico do caminhão travou inesperadamente. Diante da situação, o motorista e sua esposa desceram do veículo para averiguar o problema, mas foram surpreendidos por dois criminosos armados.
Em seguida, os assaltantes assumiram o controle do caminhão e mantiveram o casal sob ameaça por algumas horas. Posteriormente, as vítimas foram abandonadas em uma região conhecida como Quebra Anzol, no caminho para Araxá. Além disso, os criminosos instruíram o casal a permanecer escondido no mato, alegando que uma terceira pessoa chegaria para vigiá-los. No entanto, desconfiados da afirmação, os reféns decidiram fugir poucos minutos depois que os bandidos deixaram o local.
Enquanto isso, o cavalo mecânico foi localizado algumas horas depois em Perdizes, mas sem a carreta. Até o momento, a carga contendo 570 sacas de café segue desaparecida, e as buscas continuam.
Bandidos tinham conhecimento técnico
Segundo o motorista, os criminosos demonstraram conhecimento técnico sobre o funcionamento do veículo. Inclusive, há indícios de que eles possam ter sabotado o caminhão previamente, possivelmente desconectando as mangueiras de ar para forçar a parada.
Além disso, logo após renderem o casal, os ladrões souberam exatamente como solucionar o problema e fazer o cavalo mecânico voltar a funcionar. Dessa forma, há suspeitas de que tenham monitorado o veículo antes da abordagem, aguardando o momento exato para agir.
Por fim, outro indício do planejamento dos criminosos foi a preocupação com o trajeto do caminhão. Durante o sequestro, eles questionaram o motorista sobre sua rota e corrigiram o percurso, evitando mudanças bruscas que poderiam chamar atenção em caso de rastreamento.